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Da Redação | ACidadeON | Campinas |

A Prefeitura de Campinas informou na tarde desta quarta-feira (10) que a fila de espera atual de leitos municipais para o tratamento de covid-19 é de 100 pessoas. Ao todo são 70 pacientes que esperam por vaga em leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e 30 em enfermarias nos hospitais municipais da cidade. Esses pacientes estão em unidades de saúde da Rede Mário Gatti, como hospitais Ouro Verde, Mário Gatti e UPAS.  
 De acordo com a Administração, a situação na cidade é bastante preocupante e a Secretaria de Saúde está buscando a abertura de novos leitos.  

AMPLIAÇÃO

A Prefeitura anunciou hoje um aumento no número de leitos tanto de UTI como de enfermaria em toda a rede pública municipal. Hoje mesmo, o Hospital Metropolitano abriu mais 10 leitos de UTI.  Em duas semanas, o Hospital Mário Gatti também abrirá mais 20 leitos de UTI, somando, então 30 leitos geridos pela Administração no total. Já no AME (Ambulatório Médico de Especialidades), a Prefeitura disse que o governo estadual informou a abertura de 20 leitos de UTI até o fim desse mês. A data precisa do início do funcionamento ainda não foi divulgada.

Segundo o boletim de saúde divulgado pela Prefeitura, a cidade registrou mais 638 casos da doença de ontem para hoje e registrou mais 12 mortos, chegou ao total de 1.975 mortes por covid-19 desde o início da pandemia no Brasil, em março do ano passado. 

QUASE SEM VAGAS 

Segundo o secretário de Saúde de Campinas, Lair Zambon, se uma pessoa precisar de um atendimento em UTI para outro tipo de doença terá muita dificuldade para conseguir uma vaga na cidade. 

“Qualquer pessoa terá muita dificuldade para conseguir leitos de UTI não apenas nos hospitais públicos, mas também nos privados”, afirmou o secretário que participou de uma live na tarde desta quarta-feira junto com o prefeito Dário Saadi (Republicanos).   

“Hoje já estamos vivendo uma situação dramática, a mais difícil da pandemia. Sem dúvida, a variante de Manaus está circulando em Campinas, pela velocidade da transmissão do vírus que estamos vendo”, disse. Segundo o prefeito, já há fila de espera por leitos, mas nenhum paciente está desassistido.

“Estamos com 100 pacientes em fila de espera por leitos, sendo 70 para UTI e 30 para enfermaria, e continuamos vendo pessoas sem máscaras, participando de festas, aglomerando. Estamos fazendo grande esforço para ampliar leitos. Mesmo com todas as dificuldades, ninguém está desassistido. Quem espera por internação está em leitos de retaguarda, com toda a assistência, inclusive de oxigênio”, afirmou.

A situação crítica também foi destacada pela diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), Andrea von Zuben. “70 pessoas aguardam hoje em leitos de retaguarda a liberação de unidades de UTI e 30, por leitos de enfermaria. A abertura de leitos não pode dar a sensação de falsa segurança. Se acontecer algum acidente não haverá leito. Não estamos brincando”, afirmou.  

PERFIL DA DOENÇA
 
O presidente da Rede Mário Gatti, Sergio Bisogni, disse que o perfil da doença também mudou em Campinas. “Estamos tendo mais casos de jovens e que ficam mais tempo nos leitos e isso pressiona. Além disso, voltamos a ter casos de crianças com problemas respiratórios”, disse ele. 

Além de ampliar os leitos a Prefeitura anunciou a reabertura do hospital de campanha localizado na sede dos Patrulheiros, no Parque Itália, para casos menos graves.

FONTE:  https://www.acidadeon.com/campinas/cotidiano/coronavirus/